Dias 30, 31 de
julho e 1º de agosto foi celebrado o tríduo de Santa Maria dos Anjos em
Preparação à Festa do Perdão de Assis. Em Belém, na Paróquia dos Capuchinhos,
os frades da primeira Ordem e as irmãs e irmãos da Ordem Franciscana Secular
(OFS) – Fraternidade São Francisco de Assis organizaram o evento que foi
acolhido com muita generosidade pelos fiéis da Arquidiocese de Belém. Neste período
tivemos a alegria de encontrar com as Irmãs da Ordem das Clarissas (Capuchinhas) que estavam em Belém em traslado.
No dia 02 de agosto, Perdão de Assis e Dia de
Santa Maria dos Anjos, celebramos santa missa às 18h30 com a matriz lotada.
Durante estes quatro dias houve confissão e missa após o tríduo. E depois da
celebração eucarística do dia 02, os irmãos se confraternização e louvaram a
infinita misericórdia de Deus que se derrama aos fiéis pelas mãos de Maria.
Origem
No ano 1216, quando Francisco estava compenetrado em contemplação na
igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, e repentinamente, a igrejinha ficou
repleta de uma vivíssima luz. Assim, Francisco viu Cristo sobre o altar e, à
sua direita, a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos.
Francisco, em silêncio e prostrado no chão, adorou o Senhor. Então, perguntaram-lhe
o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi
imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, vos peço, que a
todos os que, arrependidos e confessados, virão visitar esta igreja, possam
receber um amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as
culpas”. O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, o que me pede é algo
grandioso, mas você é digno de coisas maiores e as obterá: acolho, portanto,
seu pedido, com a condição de pedir tal indulgência, da parte minha, ao meu
Vigário na terra, o Papa”. (Testemunho de Bartolomeu de Pisa)
Aprovação do Papa
Imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que,
naqueles dias encontrava-se em Peruggia, ao qual narrou a cândida visão que teve.
O Papa o ouviu com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua
aprovação, dizendo: “Por quantos anos você quer esta indulgência”? Francisco,
com desapego, respondeu-lhe: “Padre Santo, não vos peço por anos, mas pelas
almas”.
Feliz, Francisco dirigiu-se à porta, mas o Pontífice o chamou: “Mas você
não quer nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Padre, Deus
cuidará de manifestar a obra sua; eu mesmo não preciso de nenhum documento.
Este documento deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos
as testemunhas”.
Extensão da Indulgência
Mais tarde, com a Bula de 4 de julho de 1622, o Papa Gregório XV
estendeu esta grande indulgência a todas as igrejas da Ordem Franciscana e
prescreveu que, além da confissão, era necessária a comunhão e a oração (Pai
Nossa, Ave Maria e Glória ao Pai) pelo Sumo Pontífice.
Em 16 de abril de 1921, o Papa Bento XV estendeu a indulgência plenária
do Perdão de Assis a todos os dias do ano, somente para quem fosse Basílica de
Santa Maria dos Anjos, em Assis. E permanece a Festa do Perdão de Assis, no dia
de Santa Maria dos Anjos, Porciúncula, dia 02 de agosto.
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