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sábado, 25 de fevereiro de 2017

SERVIÇO AOS ENFERMOS E IDOSOS

Refletindo sobre o Serviço dos Enfermos e Idosos  (SEI) na Ordem Franciscana Secular

E se algum  irmão cair enfermo, os outros irmãos devem servi-lo como gostariam de ser servidos (Regra Bulada de São Francisco VI, 10).
Avançando em idade, aprendam os irmãos a aceitar a doença e as crescentes dificuldades e a dar à vida um sentido mais profundo, no progressivo desprendimento e encaminhamento  à Terra Prometida (CCGG art. 27, 1)
  1.  As Fraternidades Franciscanas Seculares sempre tiveram uma preocupação toda especial para com os enfermos e os idosos.  Houve tempos em que esse segmento da Fraternidade recebia a designação, nem sempre bem compreendida,  de “ala paciente”.  Hoje designamos de Serviço dos Enfermos e Idosos (SEI) a essa tarefa de todos os membros de uma Fraternidade no cuidado desses irmãos que vivem doença e idade avançada. Embora seja de todos tal  tarefa é confiada de modo particular a um ou mais membros escolhidos ou eleitos para concretizar esse gesto amoroso. Sempre de novo precisamos ficar atentos e inventar expedientes e mimos para que os irmãos não se sintam esquecidos e nem se considerem marginalizados.
  2.  O tema da enfermidade e doença e da idade avançada  pode ser visto sob diferentes ângulos.  Há o doente e o idoso de um lado e há, de outro, o irmão da Fraternidade que é encarregado de prestar atenção na situação do irmão e da irmã.  Deveremos distinguir o irmão doente durante um certo tempo e, de outro, lado aquele que está fadado a não se levantar do leito ou a viver na dependência quase que total  de familiares ou de outras pessoas.  Cada situação  é uma situação.  Há doenças em que o enfermo conserva sua lucidez e outras em que a família até chega a poupar visitas para que estas não assistam a espetáculos constrangedores.
  3.  Num primeiro momento façamos algumas considerações atinentes à postura do irmão e da irmã que precisam ir se  retirando da vida ativa e entrando nessa condição de  idosos ou  gravemente doentes.
• Os documentos franciscanos pedem que o irmão acolha a doença e os inconvenientes da idade avançada.  As CCGG  exortam  que todos aceitem a situação sabendo que nossa existência continuará na vida eterna como “comunhão dos santos” (art. 27,1).
• A doença, quando não se manifestar de maneira violenta  e não tirando a consciência, pode ser uma ocasião de crescimento, de prática de penitência, de aceitação de nossa limitação. Idosos e menos idosos somos  convidados a aceitar os reveses da vida.  Sabemos que é fácil escrever  essa frase,  mas  que é necessário têmpera e garra e muita força do alto para carregar a cruz de uma enfermidade que veio para ficar ou acolher os achaques humilhantes da velhice.
• Os idosos e enfermos saberão ter a simplicidade de comunicar aquilo de que precisam.  Num contexto mais centrado no conjunto do tema da fraternidade,  Francisco fala na Regra  Bulada:  “E onde estão e onde quer que se encontrem os irmãos, mostrem-se mutuamente familiares entre si. E com confiança um manifeste um ao outro sua necessidade, porque se uma mãe ama e nutre seu filho carnal quanto mais diligentemente não deve cada um amar  e  nutrir seu irmão espiritual?” (Regra Bulada  VI, 8-9).  Assim, o irmão doente tem o direito de expor seus desejos  sejam eles de coisas simples ( dar um passeio pela cidade, visitar um parente, degustar um sorvete de creme,  escutar uma música).
• Os doentes e idosos não se acanhem, pois, de exprimirem o que desejam. Porém, prestarão atenção para  não serem exigentes e procurarão evitar reclamações e “murmurações”.
• No momento da enfermidade  há os que começam a refletir sobre sua vida passada e se enchem de escrúpulos e de arrependimentos por atos poucos nobres cometidos.  Os acompanhantes  (também o assistente religioso da Fraternidade) haverão de ajudar o irmão nesse transe. Que ele possa ter paz no coração e não fique remoendo o que passou. Pela confissão sacramental e pelo arrependimento do coração saberá o doente que foi perdoado.  Ninguém pode ficar se torturando com escrúpulos e arrependimentos doentios.
• Doentes e idosos procurem simplificar as coisas. Na medida do possível esvaziem gavetas, distribuam os bens  quando existirem, procurem  desligar-se de todas as preocupações desnecessárias.  Joguem-se nas mãos do Senhor.
• Se o idoso e enfermo tiver condições de fazer a contribuição financeira prevista pela Ordem Franciscana Secular haverá de realizá-lo com presteza.  Esse ponto faz parte da formação inicial e permanente.  Há muitos irmãos e irmãs acamados que  sempre lembram aos familiares e visitas que providenciem o pagamento de sua contribuição financeira.
• Facilitem a vida dos irmãos da Fraternidade e de sua família  determinando a regularidade com que gostariam de receber os sacramentos  da eucaristia e da penitência.  Conveniente seria que o irmão, se dando conta do agravamento da doença, pedisse a visita do sacerdote para receber a unção dos enfermos.
• À guisa de sugestão diria que o local onde está o enfermo   fosse “decorado”  com flores e que não se administrasse esse sacramento lugubremente, mas com plena participação do enfermo ou idoso e com tintas de alegria e de esperança no fundo do coração.  Diria mesmo que se cantasse algum hino franciscano.  Desta forma, isto é, com esperança alegre é que se prepara a chegada da Irmã Morte.


Fonte: http://www.ofsneb2.org.br/-sei.html 
Imagem disponível em: https://www.google.com.br/search?q=Idosos+e+OFS&rlz=1C1OPRB_enBR576BR576&espv=2&biw=1366&bih=613&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjGm56a7qzSAhWDvJAKHbTpCC0Q_AUIBigB#imgrc=rLzHZa_27t8r8M: 

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